sexta-feira, 31 de julho de 2020

Língua Portuguesa- Semana Intensiva

ESCOLA: E. E. PROF JOÃO PEDRO DO NASCIMENTO
DISCIPLINA: Língua Portuguesa
SÉRIE: 6º Ano A e B
PROFESSOR: Maria Helena de Castro
CONTEÚDO: Semana Intensiva.
HORAS/AULA: 6 aulas
PERÍODO: DATA DE ENVIO: 29/07/2020
DATA DE ENTREGA: 03/08/2020


HABILIDADES: H06 – Localizar item de informação explícita, com base na compreensão global de um texto. 
OBJETIVO: Revisar conteúdos referentes à leitura, análise e compreensão de textos.
Nº aulas
Dia
O QUE É PRA FAZER?

2
29/07
Leia o texto Procon-SP registra mais de 6,5 mil reclamações durante pandemia de COVID-19 e responda às questões 1, 2, 3 e 4.
2
31/07
Leia o conto Um apólogo e respondas às questões 5 e 6.
2
03/08
Continue e responda às questões 7 e 8.

O texto abaixo é uma notícia retirada da internet. Leia-o para responder as questões de 1 a 4. 

Procon-SP registra mais de 6,5 mil reclamações durante pandemia de COVID-19

Agências de viagens e companhias aéreas lideram os problemas; órgão estadual atua para intermediar os conflitos
 Qui, 04/06/2020 - 19h27 | Do Portal do Governo   

A Fundação Procon-SP informa que, desde o início da pandemia de COVID-19 até o dia 1º de junho, foram registradas mais de 6,5 mil reclamações de consumidores que tiveram problemas relacionados à doença: agências de viagens respondem por 3.418 casos (52%) e companhias aéreas, por 1.617 (25%). 
Há também questões relacionadas a farmácias, lojas e mercados (709 reclamações), instituições financeiras (551), ingressos e eventos (145), programas de fidelidade (91) e cruzeiros (67). 
Além das reclamações, os consumidores também procuram o órgão estadual para tirar dúvidas e fazer denúncias: 3.956 consumidores buscaram o atendimento da instituição com dúvidas e pedidos de orientação relacionados a relações de consumo e o novo coronavírus; já as denúncias de preços abusivos e de outros assuntos recebidas via redes sociais somam 6.115 casos. 
O Procon-SP tem atuado em diversas frentes a fim de minimizar os impactos que a pandemia – que afetou de uma só vez todas as relações de consumo – está causando à população: disponibilização do hotsite coronavírus com material de orientação e informações específicas sobre o tema, canal de denúncias, aulas semanais na TV Procon-SP, reuniões com fornecedores de diversos setores a fim de buscar soluções para os conflitos, fiscalizações de preços abusivos e aplicação de multas aos estabelecimentos que infringem a legislação. 

Fiscalização

As equipes de fiscalização visitaram três mil e setecentas farmácias, supermercados, hipermercados, entre outros estabelecimentos de 216 cidades do estado. Desse total, três mil e trezentos locais (89%) foram notificados a apresentar notas fiscais para verificação da prática de preços abusivos. 
O aumento de preços de itens considerados essenciais neste momento de avanço do novo coronavírus – por exemplo, alimentos, álcool em gel, botijão de gás e máscaras de proteção – prejudica a população e a legislação prevê ser dever do Estado interferir quando observar abusos, e quando for necessário, proteger a parte mais vulnerável. 
O consumidor que se deparar com algum valor de produtos ou serviços relacionados ao coronavírus que considere abusivo, deve registrar reclamação junto ao órgão estadual. A Diretoria de Fiscalização irá apurar a situação e o fornecedor será multado caso a infração seja constatada. 
Denúncias e orientações
O Procon-SP disponibiliza canais de atendimentos a distância para receber denúncias, intermediar conflitos e orientar os consumidores: via internet (www.procon.sp.gov.br), aplicativo – disponível para Android e iOS – ou redes sociais; para as denúncias, marque @proconsp, indicando o endereço ou site do estabelecimento. 
Fonte: Governo do Estado de São Paulo. Disponível em: . Acesso em: 05 jun. 2020.
1. O texto acima foi publicado:
a.  No site do Governo Federal. 
b.  No site da Prefeitura Municipal de São Paulo. 
c.   No site do Governo do Estado de São Paulo. 
d.  No site do Governo de Minas Gerais. 

2. De acordo com os dados informados pelo Procon, desde o começo da pandemia até 1 de junho, houve mais reclamações em qual setor? 
a.  Agências de viagens. 
b.  Lojas e mercados. 
c.   Companhias aéreas, 
d.  Ingressos e eventos. 

3. Por que o Governo do Estado fiscalizou e multou estabelecimentos? 
a.                  Porque os consumidores só reclamam e não denunciam os abusos de preços aos órgãos competentes, como o Procon. 
b.                 Porque a legislação diz que é dever do Estado atuar quando há abusos de preços e a população vulnerável é mais atingida. 
c.                  Porque os preços de produtos essenciais à população subiram cerca de 10% após ter começado a nova pandemia. 
d.                 Porque as pessoas compraram muito papel higiênico e isso fez com que os preços de todos os produtos subissem. 

4. Segundo a notícia, como os consumidores podem fazer contato com o Procon para reclamar ou denunciar quando encontrarem preços abusivos?
a.  Pelo site da empresa, pelo aplicativo ou pelas redes sociais. 
b.  Discutindo diretamente com o dono do estabelecimento. 
c.   Por meio das redes sociais ou enviando um e-mail à empresa. 
d.  Ligando para o Procon ou enviando mensagens por aplicativo.





Leia o conto a seguir, do escritor Machado de Assis: 

Um Apólogo

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: 
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo? 
— Deixe-me, senhora. 
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça. 
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros. 
— Mas você é orgulhosa. 
— Decerto que sou. 
— Mas por quê? 
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu? 
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu? 
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados... 
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando... 
— Também os batedores vão adiante do imperador. 
— Você é imperador? 
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto... 
Estavam nisto quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha: 
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima... 
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plicplic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile. 
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe: 
— Ora agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá. 
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: — Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. 
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária! 
(ASSIS, Machado. Várias histórias. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.)

5. Assinale a alternativa correta após a leitura global do texto: 
a.  O “plic-plic-plic-plic” é o som da agulha dentro da caixinha.  
b.  A costureira, para fazer o vestido, gastou quatro semanas. 
c.   No dia do baile, a agulha, espetada no vestido, vai ao baile. 
d.  Quem começa toda a discussão e a provocação é a agulha. 

6. Este conto, do escritor brasileiro Machado de Assis, é um apólogo: uma narrativa que geralmente lida com questões morais e os personagens da história são seres inanimados, ou seja, objetos que possuem características humanas, como dialogar, por exemplo. Assinale a alternativa extraída do conto onde se verifica um objeto a conversar: 
a.  “Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça”.  
b.  “Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.”  
c.   “— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!”  
d.  “Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser.”  

7. Neste apólogo, é possível encontrar a seguinte informação: 
a.  A linha fica furiosa e xinga a agulha de ordinária. 
b.  O alfinete disse que fica onde os outros o espetam. 
c.   O professor de melancolia disse que sabe costurar. 
d.  A baronesa levou um dos empregados para a festa. 

8. Leia o trecho abaixo, retirado do final do conto “Um Apólogo”, e continue a história, criando um novo desfecho para as duas personagens principais, a agulha e a linha. 
“Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: — Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.”

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