ESCOLA: E. E. PROF JOÃO PEDRO DO NASCIMENTO
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DISCIPLINA:
Língua Portuguesa
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SÉRIE: 6º Ano A e B
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PROFESSOR:
Maria Helena de Castro
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CONTEÚDO:
Semana Intensiva.
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HORAS/AULA:
6 aulas
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PERÍODO:
DATA DE ENVIO: 29/07/2020
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DATA DE ENTREGA: 03/08/2020
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HABILIDADES: H06 – Localizar
item de informação explícita, com base na compreensão global de um texto.
OBJETIVO: Revisar conteúdos referentes à
leitura, análise e compreensão de textos.
Nº
aulas
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Dia
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O QUE É PRA FAZER?
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2
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29/07
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Leia o texto Procon-SP
registra mais de 6,5 mil reclamações durante pandemia de COVID-19 e
responda às questões 1, 2, 3 e 4.
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2
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31/07
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Leia o conto Um
apólogo e respondas às questões 5 e 6.
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2
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03/08
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Continue e responda às questões 7 e 8.
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O texto abaixo é uma notícia retirada da internet.
Leia-o para responder as questões de 1 a 4.
Procon-SP registra mais de 6,5 mil reclamações durante pandemia de COVID-19
Agências de viagens e
companhias aéreas lideram os problemas; órgão estadual atua para intermediar os
conflitos
Qui, 04/06/2020 - 19h27 | Do Portal do
Governo
A Fundação Procon-SP informa que, desde o início da
pandemia de COVID-19 até o dia 1º de junho, foram registradas mais de 6,5 mil
reclamações de consumidores que tiveram problemas relacionados à doença:
agências de viagens respondem por 3.418 casos (52%) e companhias aéreas, por
1.617 (25%).
Há também questões relacionadas a farmácias, lojas
e mercados (709 reclamações), instituições financeiras (551), ingressos e
eventos (145), programas de fidelidade (91) e cruzeiros (67).
Além das reclamações, os consumidores também
procuram o órgão estadual para tirar dúvidas e fazer denúncias: 3.956
consumidores buscaram o atendimento da instituição com dúvidas e pedidos de
orientação relacionados a relações de consumo e o novo coronavírus; já as
denúncias de preços abusivos e de outros assuntos recebidas via redes sociais
somam 6.115 casos.
O Procon-SP tem atuado em diversas frentes a fim de
minimizar os impactos que a pandemia – que afetou de uma só vez todas as
relações de consumo – está causando à população: disponibilização do hotsite
coronavírus com material de orientação e informações específicas sobre o tema,
canal de denúncias, aulas semanais na TV Procon-SP, reuniões com fornecedores
de diversos setores a fim de buscar soluções para os conflitos, fiscalizações
de preços abusivos e aplicação de multas aos estabelecimentos que infringem a
legislação.
Fiscalização
As equipes de fiscalização visitaram três mil e
setecentas farmácias, supermercados, hipermercados, entre outros
estabelecimentos de 216 cidades do estado. Desse total, três mil e trezentos
locais (89%) foram notificados a apresentar notas fiscais para verificação da
prática de preços abusivos.
O aumento de preços de itens considerados
essenciais neste momento de avanço do novo coronavírus – por exemplo,
alimentos, álcool em gel, botijão de gás e máscaras de proteção – prejudica a
população e a legislação prevê ser dever do Estado interferir quando observar
abusos, e quando for necessário, proteger a parte mais vulnerável.
O consumidor que se deparar com algum valor de
produtos ou serviços relacionados ao coronavírus que considere abusivo, deve
registrar reclamação junto ao órgão estadual. A Diretoria de Fiscalização irá
apurar a situação e o fornecedor será multado caso a infração seja
constatada.
Denúncias e orientações
O Procon-SP disponibiliza canais de atendimentos a
distância para receber denúncias, intermediar conflitos e orientar os
consumidores: via internet (www.procon.sp.gov.br), aplicativo – disponível para
Android e iOS – ou redes sociais; para as denúncias, marque @proconsp,
indicando o endereço ou site do estabelecimento.
Fonte:
Governo do Estado de São Paulo. Disponível em: . Acesso em: 05 jun. 2020.
1. O
texto acima foi publicado:
a. No
site do Governo Federal.
b. No
site da Prefeitura Municipal de São Paulo.
c. No
site do Governo do Estado de São Paulo.
d. No
site do Governo de Minas Gerais.
2. De
acordo com os dados informados pelo Procon, desde o começo da pandemia até 1 de
junho, houve mais reclamações em qual setor?
a. Agências
de viagens.
b. Lojas
e mercados.
c. Companhias
aéreas,
d. Ingressos
e eventos.
3. Por
que o Governo do Estado fiscalizou e multou estabelecimentos?
a.
Porque os consumidores só reclamam e não
denunciam os abusos de preços aos órgãos competentes, como o Procon.
b.
Porque a legislação diz que é dever do
Estado atuar quando há abusos de preços e a população vulnerável é mais
atingida.
c.
Porque os preços de produtos essenciais à
população subiram cerca de 10% após ter começado a nova pandemia.
d.
Porque as pessoas compraram muito papel
higiênico e isso fez com que os preços de todos os produtos subissem.
4.
Segundo a notícia, como os consumidores podem fazer contato com o Procon para
reclamar ou denunciar quando encontrarem preços abusivos?
a. Pelo
site da empresa, pelo aplicativo ou pelas redes sociais.
b. Discutindo
diretamente com o dono do estabelecimento.
c. Por
meio das redes sociais ou enviando um e-mail à empresa.
d. Ligando
para o Procon ou enviando mensagens por aplicativo.
Leia o conto a seguir, do escritor Machado de
Assis:
Um Apólogo
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de
linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si,
toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe
digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me
der na cabeça.
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é
agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que
Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites
de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose?
Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso,
prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou
adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do
imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um
papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o
trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto quando a costureira chegou à casa da
baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que
tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira,
pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha e
entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era
a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana
— para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há
pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que
vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco
aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe
o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não
lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na
saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plicplic da agulha no
pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura para o dia seguinte;
continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou
esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A
costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho,
para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e
puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando,
acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no
corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai
dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da
costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um
alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: —
Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar
da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro
caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia,
que me disse, abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a muita
linha ordinária!
(ASSIS,
Machado. Várias histórias. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.)
5.
Assinale a alternativa correta após a leitura global do texto:
a.
O “plic-plic-plic-plic” é o som da agulha
dentro da caixinha.
b. A
costureira, para fazer o vestido, gastou quatro semanas.
c. No
dia do baile, a agulha, espetada no vestido, vai ao baile.
d. Quem
começa toda a discussão e a provocação é a agulha.
6. Este
conto, do escritor brasileiro Machado de Assis, é um apólogo: uma narrativa que
geralmente lida com questões morais e os personagens da história são seres
inanimados, ou seja, objetos que possuem características humanas, como
dialogar, por exemplo. Assinale a alternativa extraída do conto onde se
verifica um objeto a conversar:
a. “Contei
esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça”.
b. “Agulha
não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se
com a sua vida e deixe a dos outros.”
c. “—
Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!”
d. “Chegou
a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na
agulha, e entrou a coser.”
7. Neste
apólogo, é possível encontrar a seguinte informação:
a. A
linha fica furiosa e xinga a agulha de ordinária.
b. O
alfinete disse que fica onde os outros o espetam.
c. O
professor de melancolia disse que sabe costurar.
d. A
baronesa levou um dos empregados para a festa.
8.
Leia o trecho abaixo, retirado do final do conto “Um Apólogo”, e continue a
história, criando um novo desfecho para as duas personagens principais, a
agulha e a linha.
“Parece que a agulha não disse nada; mas um
alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: —
Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar
da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro
caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.”
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