sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Língua Portuguesa- 09/09

 

ESCOLA: E. E. PROF JOÃO PEDRO DO NASCIMENTO

DISCIPLINA: Língua Portuguesa

SÉRIE: 6º Ano A e B

PROFESSOR: Maria Helena de Castro

CONTEÚDO: Resenha e texto informativo.

HORAS/AULA: 6 aulas

PERÍODO: DATA DE ENVIO: 09/09/2020

DATA DE ENTREGA: 15/09/2020

 

HABILIDADES: EF69LP07B- Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ao contexto de produção e circulação.

OBJETIVO: Textualização.

O pavão do abre e fecha

                                           https://youtu.be/XRKjEB0SIqs

 

                                     

 

O PAVÃO ABRE-E-FECHA

 

Um pavão se pavoneava na beira do lago, se olhava na água e se perguntava:

-  Sou feio? Sou bonito?

Quando via a cauda aberta em leque, toda verde, roxa e azul-brilhante, se achava lindo e elegante.

Mas quando olhava os pés e seu andar desajeitado, ficava até desanimado. E se escondia envergonhado.

Um dia, ele recebeu um convite para uma festa do céu, que devia ser mais bonita que a tal do sapo. Abriu e perguntou:

-  Será que isso é bom? Será que isso é ruim?

Sempre que precisava ter opinião, ficava assim.

-  Claro que é bom – disse o pombo-correio. – Festa é sempre bom. E ele achou que era bom.

Abriu a cauda e ficou se pavoneando. Depois, ensaiou uns passos de dança. E ouviu as gargalhadas de um tangará dançarino que, bem ao seu lado, que treinava para a festança:

-  Que bicho mais desajeitado! Este baile vai ser engraçado...Ficou todo sem graça e se fechou.

Aí chegou um pardal e assim falou:

-  Que tristeza é essa?

-  É que eu danço esquisito...

-  E quem vai reparar nisso num bicho tão bonito?

E o pavão, elogiado, abriu a cauda com pena pra todo lado. Mas, de mau jeito, acabou perdendo uma, lá no canto direito. Foi uma tristeza danada. E lá ficou de novo, todo encolhido, de cara amarrada.

-  Por que todo esse aborrecimento? – perguntou o periquito, que passava nesse momento.

-  Perdi uma pena e isso é ruim.

-  Ruim uma ova. É sinal de que vai ganhar outra bem nova.

Com isso, o pavão se animou e abriu seu leque.

Aí chegou o bem-te-vi e riu muito moleque:

-  Olha o pavão de rabo banguela!

Já se sabe: o pavão encolheu a cauda, tratou se sumir com ela. E ficou assim a tarde toda, abrindo e fechando, abrindo e fechando, mudando de idéia com cada bicho que ia encontrando. No fim do dia estava vesgo, suado, cansado, espandongado, de língua de fora, exausto de abrir e fechar toda hora. Resolveu: não ia mais. Mas também não ficava ali para todo mundo rir dele. Viu uma moita e se escondeu atrás.

Aí ouviu uma conversa do outro lado:

-  Nem agüento mais esperar o baile. Que festança vai ser essa...

-  É mesmo! Comida boa, água fresquinha, muitos amigos e música à beça...

O pavão foi até lá, ver quem tinha tanta animação.

Não era pássaro colorido, nem dançarino, nem de boa canção.

Era um casal de urubus.

Foi a vez do pavão rir deles, abrindo suas penas verdes e azuis.

-  Vocês não se envergonham? Feios assim e cheirando ruim?

Quando vocês dançarem, todo mundo vai rir.

-  Vai nada... – respondeu o urubu. – Todo mundo está mais ocupado, tratando de comer e beber, de cantar, de se ver e conversar. E se alguém quiser, pode rir. Não por isso que vou deixar de me divertir.

E a urubua completou:

-  E tem mais: não tem essa de feio e fedorento, não, ouviu?

Urubu é tão bonito, da cor do Jamelão e do jaguar, da jabuticaba e da noite sem luar...

Enquanto o pavão abria o bico e se espantava, ela continuava:

-  Você é que é feioso, com esse rabo escandaloso, abrindo e fechando que nem gaveta.

E nem ao menos é de cor preta. Todo esse verde, roxo e azul, cheio de bolinha...

Mas a última coisa que disse foi com um sorriso matreiro e olhar dengoso:

- O que vale é que você tem uns pés que são mesmo uma gracinha... E depois, isso de bonito ou feio é só questão de recheio.

Aí o pavão teve que rir.

E depois que os dois saíram voando, ele ficou pensando:

- Feiúra de lixo ou beleza de artista não depende do bicho, mas do ponto de vista. Cada um é diferente e o que importa é mesmo a gente. E lá foi ele animadíssimo para uma festa bem divertida.

Ainda bem. Se não, ficava naquele abre-e-fecha toda vida.

                                              (Livre Adaptação de O pavão-abre-e- fecha de Ana Maria Machado)  

           Resenha do livro.

 Você acabou de ouvir uma história escrita por Ana Maria Machado, uma escritora brasileira de livros infantis. Essa obra conta a história de um pavão que se acha lindo, mas que não sabe muito bem lidar com as críticas negativas.

 Quando ele recebe um elogio, abre sua cauda colorida. Um instante depois, olha para os pés, que julga feios, e fecha a cauda, todo envergonhado. Quando é convidado para uma festa no céu, o pavão se abre e dança, feliz. Só que o tangará debocha dos seus passos, e o pavão se fecha de novo, aborrecido. Chega o pardal, lhe faz um elogio, e mais uma vez o pavão se abre , todo orgulhoso. Mas aí, o bem-te-vi aparece... Assim, suas lindas penas vivem num louco abre e fecha.

 

Gênero textual - Resenha 

 Você sabe o que é uma RESENHA? 

A RESENHA é um pequeno texto que serve para apresentar outro, que seja desconhecido pelo leitor, como este que acabamos de ler. Mas, resenha também pode ser um texto pequeno que critica, analisa ou descreve um determinado objeto, ou obras como: livros, filmes, músicas, peças de teatro e também acontecimentos culturais, como uma feira de livros, por exemplo.

 

1.  A resenha sobre o livro do “Pavão do abre e fecha”, nos deu pistas do que aconteceria na história?

2.  Por que é importante ler a resenha do livro antes mesmo de ler o próprio livro?

(  ) Para ajudar na escolha do livro.

(  ) Para ajudar a entender a história. 

(  )Para se sentir convidado a ler a história. 

(  )Todas as respostas estão certas.

 

Interpretando o texto

Responda agora, as perguntas de acordo com a história que você acabou de ouvir. 

a)  Por que a autora diz que o pavão se “pavoneava” na beira do lago? 

b)  O que o pavão fazia para ver se estava feio ou bonito? 

c)  O que levou o pavão duvidar de sua beleza?

d)  As pessoas às vezes, fazem comentários que nos incomodam. O que você costuma fazer quando isso acontece?

e)  Qual o papel do casal de urubus nessa história? O que você pensa sobre a atitude deles?

f)  Na história, os outros pássaros não pensavam como o casal de urubus, com as pessoas isso também pode acontecer. Como devemos agir quando uma pessoa tem uma opinião diferente da nossa?

g)  No final da história, o pavão decide ir para a festa, todo animado. O que aconteceu que o ajudou a tomar essa decisão? 

                             

                                Biografia da autora

 Você conhece ANA MARIA MACHADO? Certamente já leu ou ouviu alguns de seus livros. ANA MARIA MACHADO nasceu em 1941, no Rio de Janeiro, e tem três filhos. Estudou Letras, trabalhou como professora universitária, jornalista, radialista, artista plástica e foi dona de uma livraria especializada em obras para crianças. Tem mais de 100 livros publicados no Brasil e obras traduzidas em mais de 18 países. Criou suas primeiras histórias para a revista Recreio, em 1969. É uma autora consagrada no Brasil e no exterior, ganhou o prêmio mundial de literatura infantil, e em 2003, foi eleita para a Academia Brasileira de Letras, maior instituição de literatura do Brasil. Em 2019, foi homenageada, juntamente com sua amiga e também escritora Ruth Rocha, na décima nona edição da Bienal do Livro, na cidade do Rio de Janeiro.

 

• Depois de ler a biografia da autora, podemos identificar algumas de suas qualidades e características. Cite alguns adjetivos que qualifiquem Ana Maria Machado:

 

 

 

 

                                    Texto informativo

Vamos conhecer uma das aves mais belas do mundo, o PAVÃO!

Existem muitos pavões no Brasil, principalmente, nos zoológicos, mas sabiam que eles vieram de muito longe? Vieram literalmente do outro lado do mundo, ou seja, da Ásia.

O pavão pode chegar a mais de 2 metros de comprimento (incluindo a cauda) e 80 cm de altura. Pesa aproximadamente 4 kg. Os machos são maiores e mais vistosos que as fêmeas. Por terem uma beleza diferente, principalmente por conta das penas e cores da cauda, nosso amigo pavão é considerado uma ave ornamental, ou seja, é como um animal de estimação exótico, e infelizmente por causa de sua beleza, suas penas são arrancadas para fazer enfeites. As comidas favoritas do pavão são: frutas, sementes, folhas, pétalas, insetos e pequenos mamíferos e répteis. Costumam se alimentar duas vezes ao dia: pela manhã e pela noite. Eles gostam de passar a noite no topo das árvores, e quando ameaçados, é para as árvores que eles fogem. E uma dica para quem pensar em ter um animal como esse é, tapem os ouvidos, porque ao cair da noite, costumam gritar, sendo que na época do acasalamento, seus gritos noturnos se tornam extremamente desagradáveis.

Os pavões vivem em média 30 anos.

                 

                              Interpretando o texto informativo

Responda as perguntas abaixo de acordo com o texto: 

1.   Apesar de existirem muitos pavões no Brasil, eles não são nativos daqui. De onde eles vieram?

2.  O pavão é uma ave, cite 3 características deste animal, que o classifica neste grupo de vertebrados:

3.  Quais são os alimentos preferidos do pavão?

4.  O que eles fazem quando se sentem ameaçados?

 

Ficha animal

No livro “O Pavão do abre e fecha”, de Ana Maria Machado, aparecem outras aves além do pavão, vamos pesquisar um pouco mais sobre uma delas? ( PESQUISE  UMA DAS AVES DO TEXTO E RESPONDA).

NOME: _________________________________

CARACTERÍSTICAS:_______________________

ONDE VIVE: _____________________________ 

ALIMENTAÇÃO: __________________________

TEMPO DE VIDA:__________________________

• Complete a figura, desenhando a cauda do pavão.

USE SUA CRIATIVIDADE.

 

 




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